E serás uma coroa de glória na mão do SENHOR, e um diadema real na mão do teu Deus. (ISAÍAS 62:3)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

"MÃES MÁS"

Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes.

Eu os amei o suficiente para ter perguntado: onde vão e a que horas regressarão.

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio, e fazer com que eles soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar pelas balas que tiraram da mercearia, ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isso ontem e queríamos pagar".

Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé duas horas junto deles, enquanto limpavam o quarto, tarefa que eu teria feito em quinze minutos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que eu sentia por eles, o desapontamento e as lágrimas em meus olhos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade por suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que poderiam me odiar por isto - e em alguns momentos até me odiaram.

Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci... porque no final eles venceram também!

E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má: "Sim... Nossa mãe era má! Era a mãe mais má do mundo..."

As outras crianças comiam doces no café da manhã, e nós tínhamos que comer cereais, pão com leite e café.

As outras crianças bebiam refrigerantes, comiam batatas fritas e sorvete no almoço, e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, verduras e legumes.

A ela ainda obrigava-nos a almoçar e jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam os filhos comerem vendo televisão.

Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora - tocava nosso celular de madrugada.

Era quase uma prisão;mamãe tinha que saber quem era os nossos amigos e o que faziam.

Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorasse só uma hora ou até menos.

Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis do trabalho infantil. Tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar as nossas bagunças, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalho que achávamos cruéis.

Eu acho que ela dormia à noite , pensando em coisas para nos mandar fazer.

Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade.

E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler os nossos pensamentos.

A nossa vida era mesmo chata.

Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos. Tinham que subir e bater à porta para ela os conhecer.

Enquanto todos podiam voltar à noite com 12, 13 anos, nós tivemos que esperar pelos 16 para chegar mais tarde, e aquela "chata" levantava para saber se a festa foi boa - só para ver como estávamos ao voltar.

Por causa de mamãe, nós perdemos algumas experiências da adolescência.

Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade e nem fomos presos por nenhum crime.

Foi tudo por causa dela.

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o nosso melhor para sermos "Pais Maus", tal como a nossa mãe foi.

Eu acho que é um dos males de hoje: não há suficientes "MÃES MÁS".

A todas as "Mães e Pais Malvados" do mundo um merecido e carinhoso abraço.
Autor Desconhecido

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