E serás uma coroa de glória na mão do SENHOR, e um diadema real na mão do teu Deus. (ISAÍAS 62:3)

sábado, 3 de julho de 2010

SÍMBOLO DE PUREZA ENTRE OS JOVENS

Cantores pop famosos levantam a bandeira da virgindade e fãs adotam 'anel da pureza'.

Símbolo da abstinência sexual, acessório virou moda entre adolescentes. Rapazes do Jonas Brothers e atriz de 'Hannah Montana' usam o adereço.


O trio Jonas Brothers usa. Miley Cyrus, a atriz bochechuda da série “Hannah Montana”, também. O “anel da pureza”, acessório que simboliza a promessa de jovens religiosos em manter a virgindade até o casamento, virou moda entre adolescentes que seguem à risca os passos dos ídolos. No caso, os dois fenômenos pop da vez.

O estudante paulistano Paulo Sérgio dos Santos, de 18 anos, virou fã dos irmãos americanos Kevin, Joe e Nick – os Jonas Brothers – desde que descobriu que os rapazes levantam a bandeira da castidade. E resolveu adotar a idéia.

“O anel é discreto, mas tem um significado especial. Sempre planejei me guardar para a mulher certa”, explica o estudante. “Os Jonas têm muita personalidade em assumir essa postura num meio que prega ‘sexo, drogas e rock’n’roll’”.

Bruna Souza Carvalho, de 14, não é fiel da igreja Assembléia de Deus, como seus ídolos. Mas compartilha da filosofia dos Jonas. “Nem todo mundo quer ser mal-visto por aí. Prefiro ser influenciada por eles que pela Britney, que é vulgar”, diz a jovem.

Usar o “anel da pureza”, tornando pública a opção pela abstinência sexual não é tarefa das mais fáceis. Muitas vezes estes jovens acabam virando alvo de gozação de amigos que consideram o pensamento ultrapassado.

A estudante Mariana Almeida Nascimento, de 14, já ouviu comentários negativos sobre sua decisão. “Se eu ficasse bêbada por aí ou agisse como a Britney, todo mundo ia achar horrível”, diz ela. “As pessoas sempre querem criticar”, conclui.

Paulo conta que alguns colegas pegam pesado na “tiração de sarro”. Mas certas garotas passaram a olhá-lo de forma diferente. “Elas acham romântico que eu acredite no sexo só depois do casamento. Tem umas meninas que vêem como fetiche, ficam dando em cima...”, afirma o estudante, revelando que está “cada vez mais difícil resistir às tentações”.


A espera do verdadeiro amor 

A idéia dos “anéis da pureza” nasceu nos Estados Unidos no início da década de 90 com o programa True Love Waits (Quem ama espera), que prega a abstinência sexual até o casamento. O projeto, que percorre escolas e instituições ligadas à juventude, começou na Igreja Batista e depois foi adotado por diferentes crenças em mais 13 países.

Segundo Jimmy Hester, coordenador do TLW, cerca de 3 milhões de jovens fazem parte do programa. “Esse é o número que temos documentado. Durante as palestras, alguns adolescentes assinam nosso acordo de adesão”, diz.

No início, a organização lançou uma pulseira de plástico para simbolizar a filosofia. Depois o acessório foi trocado por um pingente de prata, mas só ganhou popularidade com o "anel da pureza" - acessório que pode ser usado por meninas e meninos. “Não fabricamos mais a jóia. Atualmente há inúmeras instituições que as vendem e alguns jovens preferem desenvolver seu próprio anel”, diz Hester.

Opiniões

Nos Estados Unidos, o TLW é alvo constante de críticas. Especialistas acreditam que estes jovens ainda não têm maturidade para optar pela abstinência, e, com isso, deixam de se informar sobre os métodos de prevenção da gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis.

O coordenador discorda. “Acredito que os críticos não dão crédito suficiente para a nossa juventude. Quando os moços são conscientizados sobre as conseqüências físicas, emocionais e espirituais que uma vida sexual ativa engloba, eles se tornam capazes de tomar a decisão correta”.

A ginecologista Albertina Duarte Takeuti, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, considera a opção pela virgindade “válida” e acha positivo que o tema venha à tona graças aos ídolos do pop. “Todo adolescente acha que suas verdades são absolutas. O importante é respeitá-lo em seus valores e manter um canal de diálogo aberto”, defende.

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